domingo, 20 de novembro de 2022

V Seminário de Bioantropologia da UEPA irá ocorrer entre os dias 21 e 23 de novembro de 2022: Inscrições abertas!

V Seminário de Bioantropologia do GEB/UEPA
Olá, pessoal! 

Estão abertas as inscrições para o V Seminário de Bioantropologia da UEPA que irá ocorrer entre os dias 21 e 23 de novembro de 2022, de forma híbrida, nos turnos da manhã, tarde e noite, como podemos conferir na programação abaixo. 

A nossa temática é sobre "Ensino e Pesquisa no Brasil: O Contexto da Bioantropologia na Atualidade"

Serão dois dias de lives e um dia de minicursos, como o de Antropologia Forense (manhã) e o de Antropologia Evolutiva (tarde), conforme podemos verificando na programação, que segue abaixo. 

Tod@s estão convidad@s! 

Inscrevam-se no links que seguem:

Inscrições para o V Seminário do GEB UEPA: 

https://forms.gle/a2rD4ttNk4ogMa9n6

 

Inscrições para o Minicurso de Antropologia Forense: ttps://forms.gle/puq55vzutGAm4rAN7


 Inscrições para o Minicurso de Antropologia Evolutiva: https://forms.gle/myGMrEnWoauemWWy5


Programação do V Seminário do GEB/UEPA


FORMATO E DIAS DAS LIVES E MINICURSOS:
a) No dia da live, em bloco de 04, cada palestrante terá 20 minutos para a sua apresentação e
depois, teremos o momento para responder as perguntas. O tempo de cada live será de 02
horas, de 08h00 às 10h00 e de 10h00 às 12h00 pela manhã; de 14h00 às 16h00 e de 16h00 às
18h00 no período da tarde, com possível incursão de horários noturnos, quando for o caso.
b) O público poderá se inscrever para receber o certificado do V Seminário do GEB/UEPA
2022 – Edição Híbrida com investimento de R$ 10,00, pagando com antecedência ou no dia
da live, que deverá assinar a frequência na nossa descrição do Canal do GEB/UEPA no You
Tube para poder receber o certificado de 20 horas. A transferência pode ser realizada pelo
Banco do Brasil Agência: 3372-3 Conta Corrente: 33706-4 ou via PIX 91 981168894. Caso
não desejem receber o certificado, a live será aberta ao público, de qualquer forma.
c) O V Seminário do GEB/UEPA – Edição Híbrida ocorrerá entre os dias 21, 22 e 23 de
novembro de 2022.
d) O Minicurso de Antropologia Forense e de Evolução Humana, com investimento de $ 10,00 para cada minicurso, pagando com antecedência ou no dia do evento, terá carga horária de 08h00, sendo que os participantes deverão assinar a lista de frequência de forma presencial.

Organização e Realização:



Apoio:



quarta-feira, 11 de maio de 2022

Membros do LEBIOS e do GEB/UEPA Participam dos Congressos da Human Biology Association e da American Association of Biological Anthropologists 2022

 

Membros do LEBIOS e do GEB/UEPA Participam dos Congressos da Human Biology Association e da American Association of Biological Anthropologists 2022

Repostagem from: http://bioantropologiaufpa.blogspot.com/2022/03/membros-do-lebios-participam-dos.html 

    Este ano os membros do LEBIOS e do GEB-UEPA voltam a participar com diversos trabalhos dos dois congressos mais importantes mundialmente sobre Biologia Humana. O 47º Annual Meeting of the Human Biology Association - HBA, link: https://www.humbio.org/2022-annual-meeting/ e o 91º Annual Meeting of the American Association of Biological Anthropologists - AABA, link: https://physanth.org/meetings-and-webinars/annual-meeting-2022/, que se realizam pela primeira vez de forma híbrida, presencial e on-line, à partir da cidade de Denver, Colorado, EUA, no período de 23 de março a 1 de abril.
    A HBA e a AAPA dispõem nos seus sites oficiais de uma grande gama de publicações, podcasts e informações sobre atividades em andamento, que dão aos visitantes a oportunidade de conhecer profundamente o que é a bioantropologia e como seus praticantes realizam suas atividades ao redor do globo. Vale a pena visitar.
    Foram três os trabalhos aprovados no congresso da HBA e quatro no congresso da AABA, além da coordenação de uma sessão por Lígia Filgueiras e de representação internacional na Board of Directors da HBA por Hilton Silva. A grande participação paraense demonstra o reconhecimento internacional da bioantropologia realizada na Amazônia, por amazônidas, bem como o avanço deste campo no Brasil.
    Alguns dos trabalhos serão apresentados virtualmente e outros serão presencialmente, na forma de pôsteres ou oralmente. Todas as apresentações são resultados de pesquisas realizadas em diversas instituições, grupos e locais da região, mas têm como metodologia comum a abordagem bioantropológica sobre seus temas. Os livros de resumos completos dos dois eventos podem ser baixados gratuitamente nos respectivos sites. Os trabalhos apresentados foram os que seguem abaixo:

Poster 1. Poster HBA 2022 Silva e Silva)

Poster 2. Poster HBA 2022 Dengue e SARS CoV 2

Poster HBA Sousa et al Health condition of hypertense women

Poster AABA 2022 fake news Ligia et al

Simultaneous occurrence of Dengue and Covid-19 cases in Belém, Pará, Brazil: Epidemiological and socio-ecological challenges in a large Amazonian city during pandemic times

Silva¹, Ariana Kelly L S; Silva², Hilton P; Felker³, Fiona; Madrigal⁴, Lorena; Filgueiras5, Ligia A

¹ 5 State University of Pará – UEPA (Brazil)

² Federal University of Pará – UFPA (Brazil)

³ University of South Florida – USF (USA)

Email: arianabelem@gmail.com 

Abstract

From January to August 2021, the city of Belém, capital of the State of Pará, Amazonia, Brazil, recorded almost 2,000 cases of dengue in the middle of the COVID-19 pandemic period, increasing the severity of the socio-ecological situation with regard to dengue comorbidity -SARS-CoV-2, which can increase mortality in the city. The survey was carried out with secondary data collected from the official websites of the Municipal Health Department and the State Coordination of Arboviruses and other official sources. The advance of notifications, deaths and hospital admissions caused by COVID-19 and the slow vaccination has hampered the record of health indicators of relevant endemic diseases, such as dengue, which is easy to proliferate in the North Region due to high rainfall and air humidity, favorable climatic characteristics for the Aedes aegypt mosquito, which is also a vector of Zika virus and chikungunya. The long periods of lockdown and social distancing experienced in Belém saved lives in relation to COVID-19, on the other hand, made the home visits of health professionals who are responsible for the control, collection of insects and guidance on dengue in loco difficult. The alarming number of confirmed tests in 2021 could lead to an increase in clinical complications in people with comorbidities, especially among those over 65 years old, and also, among children, with weakened immune systems, which can cause an increase in preventable deaths in health systems. The epidemiological impacts of the dengue-SARS-CoV-2 combination in the Amazon still need to be further investigated.

 

Keywords: Dengue. Pandemic. Amazon. Belém. Sars-Cov-2.


Oral pathologies of late Holocene populations from Volta Grande do Rio Xingu, Amazonia, Brazil (2,240 – 248 years BP)

Letícia Morgana Müller1,2, Hilton P. Silva2,3, Renato Kipnis1

1 Scientia Consultoria Científica; 2 Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Pará (PPGA/UFPA); 3 Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia, Universidade Federal do Pará (PPGSAS/UFPA). Coordenador do Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente (LEBIOS/CNPq). Membro do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (CEAM/UNB). Membro Colaborador do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Universidade de Coimbra (UC).

Archaeological studies based on material culture in the Amazon suggest that the economy of late indigenous groups was centered on consumption of cultivated plants complemented by gathering, fishing and hunting of wild foods. However, the Amazon forest covers a very vast area, with different phytophysiognomic compositions and indigenous societies. It is hypothesized that the cultural responses and practices of different groups to the daily dietary needs will be different, and different choices will produce different marks on the bones and the teeth of these populations. In this study we approach the issue of oral health and eating through bioarchaeology, with direct observations on the oral pathologies of human remains exhumed in the region of Volta Grande do Rio Xingu (Amazonia, Brazil), during the late Holocene (between 2,240 and 248 BP). A total of 114 teeth and, when possible, bones of the mandibles and maxillae of 13 individuals exhumed from five archaeological sites were analysed. Despite the problems with poor preservation of organic material in a Tropical Forest environment, it was possible to observe a high percentage of caries, calculus, and tooth wear. These results are compared with archaeological studies of the Maracá population (ca. 500 years BP) and data on oral health from recently contacted indigenous groups from the second half of the 20th century. Results indicate that different eating habits can exist within the same type of subsistence system, and that different modes of food processing and consumption can trigger greater or lesser occurrence of oral pathologies.

The Continuous Cash Benefit (BPC) integrating the family income and the conflict with the Bolsa Família Program in the municipality of Breves, Marajó Island, Amazon Region, Brazil

Ana Flávia F Gomes1 , Ligia A Filgueiras2

1. Specialist in Education, Poverty and Social Inequality. Pará Federal University, Belém, Pará, Brazil. 2. Pará State University, Natural Sciences Department. Belém, Pará, Brazil. Email: ligiafilgueiras@gmail.com

The Continuous Cash Benefit (BPC) is a financial aid provided by the Brazilian government of a monthly minimum wage for the poor elderly over 65 or for disabled people (PcD). However, this benefit conflicts with Bolsa Família Program (PBF), as the moment the BPC is received, the PBF is canceled for any other family member. We analyzed the situation of 34 families in the municipality of Breves, Marajó Island, Pará State, Amazon, Brazil through semi-structured questionnaires on socio-economic situation. Families are low-income with low education, live in mostly wooden houses, with inadequate supply of water and sewage. 91% of families are dependent on the PBF and BPC, 76% have other source of income to complete their necessities (small businesses). 15% are totally dependent on the BPC. 38% of families receive BF and BPC; 20% BF only; 15% only BPC; 18% BPC and other income, only 9% are not part of any program, since: the medical diagnosis is recent and they have not yet received the benefit, they are under investigation or the day of inspection in the capital Belém has been lost. With the removal of the BF, 9 families are on the poverty line and only 4 are outside of it. The BPC should not be part of the family's income for the purpose of granting the Bolsa Família, as tasks pertaining to the special care these people demand (PcD/elderly) overburden family members, even being prevented from working due to the enormous responsibility, care and attention these people need.

The Determinants of Health and the Nutritional Status of Students From a City in the Brazilian Amazon

Ligia A Filgueiras1, João Paulo N Santos2, Jaíres S Guerreiro2, Flávio VJ Santa Rosa2, Juliane S Amaral2, Luciane M Souza2, Brena NB Rodrigues3, Juliana S Oliveira4, Poliana S Souza4, Roseane BT Oliveira5, Felipe A Filgueiras6, Lucas M Teixeira3, Levy C Rodrigues2, Ingrid CM Soares2, Randerson JA Sousa7, Ana Gabriela S Costa7

1. Pará State University, Natural Sciences Department. Belém, Pará, Brazil. Email: ligiafigueiras@gmail.com , 2. Pará State University, Scientific Initiation Student - PIBIC-EM, Belém, Pará, Brazil. 3. Pará State University, Nurse Graduate, Belém, Pará, Brazil. 4. Pará State University, Medicine Graduate, Belém, Pará, Brazil. 5. Pará Federal University, Collective Health Master, Belém, Pará, Brazil. 6. Pará Federal University, Mechanical Engineer, Belém, Pará, Brazil. 7. Pará State University, Medicine Graduate Student, Santarém, Pará, Brazil.

An individual's nutritional condition influences their development, but the prevalence of unhealthy eating habits or the determinants of health alter nutritional balance and trigger several health complications. This study aimed to analyze the nutritional status of students from a public elementary and high school in a neighborhood on a violent outskirt of Belém, Pará State, Brazil. Along with anthropometric measures, an epidemiological and food census was applied, as well as an individual clinical evaluation. Discourse analysis, Z-Score and descriptive statistics were considered. 55 students were measured, 30 female and 25 male, with an average age of 13 years old, average BMI of 19.66 for the female group and 19.38 for the male, with 4% of the boys having “severe delay”, while 3.7% of girls reported a “delay” in their growth. 13.3% of girls and 25% of boys drink alcohol. We also identified some students who self-mutilated and a male student who had already presented high blood pressure. Unfortunately, we could not manage to contact with their guardians. The community, due to previous misguided experiences and violence, showed certain distrust in our study and sometimes they did not know what a health survey was, despite all invitations to meet our stuff. Despite all this, students showed general physical status without major complications, there were no obese individuals, but there is a potential risk for the condition, however, because it is a peripheral area, the quality of life of students can allow the processing of other nutritional diseases, such as malnutrition.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Web-Palestras do IV Seminário de Bioantropologia do GEB/UEPA – 2021 (Parte II): As Inscrições continuam ABERTAS!

 Querid@s seguidores e visitantes: saudações a todas/as/es!

Socializamos os demais conteúdos-resumos de nossos palestrantes do IV Seminário de Bioantropologia do GEB/UEPA – Edição Especial 2021 com seus respectivos mini currículos e contatos científicos.

As INSCRIÇÕES CONTINUAM ABERTAS e podem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/28hD52StQErnZpsNA

A primeira Web-Palestra com o vídeo completo já está em nosso Canal do GEB/UEPA do You Tube para que os inscritos e o público em geral tenham acesso livre a qualquer momento do dia, no link: https://www.youtube.com/watch?v=8JwOfvfBYbM ou ainda pelo link: https://www.youtube.com/channel/UCNmCLfVk4pa9B_Sr7Sghz7A

Seguem abaixo os temas das palestras, os resumos, as palavras-chave e os mini-currículos dos palestrantes em vídeos de animação para que possamos conhecê-l@s melhor.


WEB-PALESTRA 5:

Cenário da Antropologia Forense no Brasil e suas Contribuições para a Garantia de Direitos Humanos

Mariluzio Moreira [5]

E-mail: mariluzio.araujo@ifpa.edu.br

Resumo

A Antropologia Forense (AF) é um campo pericial que nasce a partir da Antropologia Física. É um dos campos de interface entre as ciências forenses e a antropologia, que atua diretamente no esclarecimento de atos delituosos em que a vítima não pode ser identificada pelos meios fisionômicos. Sua definição tem evoluído bastante e, se antes era vista apenas como técnica para identificação humana, atualmente tem sido convocada para esclarecer circunstâncias de violência e de violação de direitos humanos. Cada vez mais, antropólogos forenses têm sido chamados para analisar restos humanos não esqueletizados e corpos carbonizados ou em avançado estado de decomposição, em variadas situações, bem como para realizar a identificação de indivíduos vivos indocumentados em diversos contextos. No Brasil a AF é responsabilidade exclusiva do Estado e tem experimentado um grande desenvolvimento nos últimos anos, principalmente a partir dos trabalhos desenvolvidos na “Vala de Perus” e no caso da “Guerrilha do Araguaia”, casos esses de severas violações aos direitos humanos, praticados contra militantes perseguidos e executados pelo regime militar no Brasil entre as décadas de 60 e 70. Esses trabalhos serviram não somente para identificar os restos mortais dessas vítimas como também trouxeram justiça a seus familiares que puderam inumar seus mortos. Brumadinho é o caso mais recente, onde a atuação de antropólogos forenses foi determinante para a identificação das vítimas. 41,67% dos departamentos de AF no Brasil são compostos apenas por médicos enquanto 25% possuem por odontólogos, todavia, 33,33% dos departamentos possuem os dois profissionais.  Esse têm sido o perfil profissional da área no Brasil, diferentemente da Europa e dos EUA onde outros perfis profissionais atuam na área como biólogos, antropólogos de formação, arqueólogos entre outros. Isso não significa que outros profissionais não possam atuar na área, uma vez que não há legislação especifica, bastando ser perito oficial.

Palavras Chaves: Antropologia Forense, Violência, Criminalidade, Direitos Humanos. 

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[5] Perito Criminal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC RC) e docente do Instituto Federal de Educação Ciência e tecnologia do Pará (IFPA-Ananindeua). Possui mestrado em Bioantropologia na linha de pesquisa em Antropologia Genética e Forense pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará onde também cursa doutorado na mesma área. Desenvolve pesquisas em Antropologia Forense e Violência e Criminalidade. É membro do Grupo de Estudos em Bioantropologia do Estado do Pará- GEB/UEPA e do Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente -UFPA.


WEB-PALESTRA 6

A resistência dos Povos Indígenas nas Amazônias: a pandemia e a luta pelo bem viver da Terra Mãe

Eliene Rodrigues Putira Sacuena [6]

Email: putirasacuena@gmail.com

 Resumo

Para o enfrentamento da infecção causada pelo novo coronavírus entre os povos indígenas na Amazônia e tendo em vista a vulnerabilidade social e epidemiológica dos povos indígenas, a SESAI, instituição responsável pela Saúde Indígena, criou protocolo chamado de Plano de Contingência Nacional. Cada Distrito Sanitário Especial Indígena elaborou conforme a sua realidade, entretanto, as lideranças indígenas somaram a luta contra COVID19 criando suas próprias barreiras sanitárias, isolamento e distanciamento dos centros urbanos. Nos territórios, o medo de uma desconhecida doença trazia angustias e tristezas com as perdas das grandes bibliotecas de ciências ancestrais que iam embora, porém, com a chegada da pandemia, retornaram severamente os quatros processos colonizadores no Brasil. Primeiramente, falar da religião em nossos territórios contra a vacinação, o Estado Brasileiro sendo omisso aos povos indígenas, a Ciência invisibilizando os conhecimentos ancestrais com a forma de tutelar outras ciências e, enfim, o capitalismo que adoece as pessoas e destrói o mundo, mas dentro dele estão os outros três processos de colonização. Com a pandemia, a Mãe Terra ficou em perigo, o racismo, etnocídio e o genocídio dos povos indígenas foi declarada no Brasil. A sociedade Brasileira está confortável acreditando que o peixe contaminado por mercúrio nos territórios indígenas pelo garimpo ilegal não chegará em suas mesas e que o desmatamento não trará consequências futuras. Precisamos discutir sobre Natureza/Humanidade, não dá para dividir o mundo, estamos atrelados pelas cosmologias indígenas e as epistemologias precisam ser respeitadas, a luta não é contra somente a COVID19, mas também pelos territórios sagrados que sustentam o mundo. Não podemos falar da Amazônia somente como bioma, nós, povos indígenas, fazemos parte desse grande círculo construído pelas minhas ancestrais que resistiram a invasão do Brasil.

Palavra Chave: Indígenas, Pandemia, Colonização, COVID-19.

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[6] Indígena mulher da etnia Baré. Graduada em biomedicina pela UFPA, mestra em Antropologia na Concentração em Bioantropologia em Genética Forense pelo Programa de Pós Graduação em Antropologia na UFPA e Doutoranda em Antropologia na Concentração em Bioantropologia em Genética Forense pela UFPA. É das Comissões de Ações Afirmativas e Ética na ABA representando a Articulação Brasileira de Indígenas Antropologes. Assessora da Associação dos Povos Indígenas Estudantes na UFPA e vice presidente da Liga Acadêmica de Saúde Indígena no Pará.


 WEB-PALESTRA 7

Evolução como conceito central para a Bioantropologia

Pedro T. Da-Glória [7]

E-mail: pedrodagloriaufpa@gmail.com

Resumo

O conceito de evolução é central para as pesquisas modernas em antropologia biológica. Nesta apresentação pretendo mostrar como a ideia de evolução têm tido múltiplos entendimentos dependendo da disciplina que a utiliza, do tópico pesquisado e dos seus referenciais teóricos. Três grandes debates em torno do conceito de evolução serão apresentados neste trabalho. Primeiro, no século XIX, há uma distinção, muitas vezes ignorada hoje nas ciências humanas, entre o evolucionismo social de Herbert Spencer e a teoria biológica de evolução de Charles Darwin. O segundo momento aqui analisado é a consolidação da Teoria Sintética de Evolução (TSE) na biologia entre as décadas de 1930 e 1950, colocando a genética de populações como área chave para a teoria evolutiva neodarwinista. Essa consolidação da TSE na biologia é acompanhada por um distanciamento do uso do conceito de evolução nas ciências humanas, especialmente no Brasil. Por fim, o terceiro momento se refere à emergência da Teoria Estendida de Evolução (TEE) na biologia. Essa teoria enfatiza o papel da construção do nicho, das múltiplas heranças e do desenvolvimento. A TEE abre possibilidade para uma discussão renovada sobre o papel do ambiente na evolução das espécies, especialmente para as discussões que envolvem a interface biologia e cultura.

Palavras-chave: Teoria evolutiva. Síntese biocultural. Construção de nicho.


[7] Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (2004), mestrado em Ciências Biológicas (Biologia Genética) pela Universidade de São Paulo (2006) e doutorado em Antropologia - Ohio State University (2012). Realizou pós-doutorado no Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos na Universidade de São Paulo (2012 - 2018). Atualmente é professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará, membro do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará e Coordenador do Laboratório de Arqueologia Denise Pahl Schaan.


Web-Palestra 8

Uso de Isótopos Estáveis em Estudos Bioarqueológicos

Letícia Morgana Müller [8]

E-mail: leticiamorgana@yahoo.com.br

Resumo

O caráter multidisciplinar da arqueologia permite o diálogo com diferentes áreas científicas para a construção de conhecimento sobre o passado, e o uso de análises de isótopos estáveis é um exemplo destas aproximações realizadas com outras disciplinas. Desenvolvido na segunda metade do século passado, este método tem sido cada vez mais utilizado em estudos de paleodieta e de mobilidade dos grupos humanos em várias partes do mundo, embora ainda seja pouco aplicado no Brasil. Questões como migração, diferenças em dietas intra e inter grupos e osteobiografia são alguns exemplos de questões que podem ser respondidas, não somente para conhecimento de populações humanas, mas também de fauna. Além disso, isótopos estáveis também podem ser usados em estudos de nichos ecológicos, de ecologia de espécies e de efeitos de sazonalidade. Nesta apresentação são analisadas algumas das possibilidades de aplicação deste método em estudos bioarqueológicos e bioantropológicos utilizando exemplos de pesquisas realizadas em remanescentes arqueológicos no Brasil.

Palavras-chave: Isótopos estáveis. Paleodieta. Meio ambiente.

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[8] Bioarqueóloga, doutoranda no Programa de Pós Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará, pesquisadora da Scientia Consultoria Científica. Graduada em História (UDESC), possui especialização em Arqueologia e Práticas Interdisciplinares (URI-Erechim/RS) e mestrado em História com ênfase em estudo de cultura material (PUC/RS). Estuda práticas funerárias, paelodieta e aspectos de saúde e doença de populações do passado. 


Web-Palestra 9

O antropoceno e a necropolítica na Amazônia Brasileira


                                                                                                                            Ligia Amaral Filgueiras [9]

E-mail: ligiafilgueiras@gmail.com

Resumo

O Antropoceno é um termo polêmico criado em 2000 por Paul Crutzen e Eugene F. Stoemer, para representar as mudanças ambientais que o ser humano tem provocado ao planeta Terra, influenciando diretamente na vida das populações humanas. Refletir sobre a origem do Antropoceno e o que esperar do progresso humano e suas implicações ao ecossistema. É revisão integrativa de artigos da Revista Anthropocene, bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Scholar, no período de 2015 a 2021. Foram utilizados os descritores: “Anthropocene”, “Amazon”, “Brazil”, “Necropolitics”, associados aos operadores booleano “OR” e “AND”. Os critérios de inclusão foram: artigos científicos completos; produzidos na realidade brasileira; publicados em língua portuguesa e inglesa; e os critérios de exclusão foram: resumos simples e expandidos, dissertações, teses e artigos de revisão. Desde o Holoceno, o ser humano vem provocando grandes extinção de espécies animais e vegetais, poluição dos corpos d’água, e, juntamente com a necropolítica ambiental, a sobrexploração de recursos naturais, a obsolescência programada, o discutível aquecimento global (pois ainda há pessoas politicamente motivadas a negá-lo), ao mesmo tempo que o capitalismo se reinventa para se manter em voga. Para as populações tradicionais amazônicas, destacamos os grandes projetos implantados desde a década de 50, a luta incessante pelo direito ao uso da terra e a vida, o combate aos crimes socioambientais, a insegurança alimentar, e a ausência de saúde e educação de qualidade. Atualmente, há a discussão sobre a inserção do ecocídio nas leis internacionais. Se ações efetivas não forem tomadas pelos agentes públicos, condições inviáveis serão comuns em muitas partes do mundo. Por fim, abrimos caminho para o debate de agendas de pesquisas e fomento de políticas públicas a fim de discutir alternativas para a população e o meio ambiente amazônico.

Palavras-Chave: Mudanças Climáticas. Populações Tradicionais. Ecocídio.



[9] Graduação em Licenciatura Plena em Biologia, Universidade Federal do Pará (UFPA) (1998), Mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (BADPI) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) (2002), Doutorado em Antropologia, Área de Concentração Bioantropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora Efetiva da SEDUC-PA (Ensino Médio) e Professora Assistente IV (40 horas) da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

 

Agradecemos a quem puder compartilhar a nossa postagem e ajudar na divulgação do evento.

Amanhã iremos postar a Web-Palestra 2.

Aguardamos os seus comentários e perguntas!

Abraços a tod@s e um ótimo evento!

Coordenação do GEB/UEPA


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sábado, 21 de agosto de 2021

Web-Palestras do IV Seminário de Bioantropologia do GEB/UEPA – 2021: As Inscrições continuam ABERTAS!

 Prezad@s seguidores e visitantes: saudações a todas/as/es!

Socializamos os primeiros conteúdos-resumos de nossos palestrantes do IV Seminário de Bioantropologia do GEB/UEPA – Edição Especial 2021 com seus respectivos mini-currículos e contatos científicos.

Lembrando sempre que  as INSCRIÇÕES CONTINUAM ABERTAS e podem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/28hD52StQErnZpsNA

As postagens dos vídeos completos serão realizadas a partir do dia 23 de agosto de 2021 em nosso Canal do GEB/UEPA do You Tube para que os inscritos e público em geral tenham acesso livre a qualquer momento do dia, no link: https://www.youtube.com/channel/UCNmCLfVk4pa9B_Sr7Sghz7A

Seguem abaixo os temas das palestras, os resumos, as palavras-chave e os mini-currículos dos palestrantes em vídeos de animação para que possamos conhecê-l@s melhor.

WEB-PALESTRA 1: 

O homem dragão: fatores ambientais como influentes na formação morfológica craniana

Santiago Wolnei Ferreira Guimarães[1]

E-mail: santiago.wolnei@gmail.com

Resumo

Recentemente a pesquisa paleoantropológica trouxe à tona a descoberta do “Homem dragão”, um espécime humano que viveu no Leste Asiático, especificamente no norte da China, há pelo menos 146.000 anos atrás. O espécime, que se trata de um crânio quase completo encontrado em 1933 durante a construção de uma ponte, chamou a atenção dos cientistas apenas atualmente. Muitas interpretações têm sido dadas para o Homem dragão, principalmente as que indicam uma maior proximidade do mesmo para com o Homo sapiens, quando comparado com o Homo neandertal, o que não seria esperado. Mas, de modo geral, grande parte das ideias apresentadas são usadas para localizar o fóssil como mais um distinto primo do Homo sapiens, ao lado de outras subespécies, ao invés de considerarem também a possibilidade de o mesmo fazer parte de uma diversidade morfológica intergrupal da nossa espécie. Diante tal problemática, propomos discutir brevemente algumas das recentes descobertas dos estudos sobre o crânio e sua relação com os fatores de desenvolvimento externos, como uma forma de entendimento alternativo para o Homem dragão. Busca-se, desse modo, reiterar a importância da influência das pressões ambientais (forças neutras) como modos que promovem microevoluções e, consequentemente, desenvolvimentos diferenciais nos fenótipos do crânio, mesmo considerando a herdabilidade. Por fim, pretende-se trazer à reflexão a importância do meio ambiente para a adaptabilidade humana, para além dos padrões geneticamente herdados, não apenas entre grupos existentes há milênios de anos atrás, mas também, e principalmente atuais, como os grupos étnicos na Amazônia.

Palavras-chave: Homem dragão. Craniometria. Adaptação. Influência ambiental. Fenótipo.

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[1] Doutor em Antropologia/Bioantropologia pela Universidade Federal do Pará (UEPA/PPGA). Mestre em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre – consórcio pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Portugal) e Universitat de Tarragona (Espanha). Graduação em Geografia (UnB). Docente da Secretaria de Educação do Distrito Federal, e Arqueólogo no Comitê Pró-Brumadinho, IEPHA-MG, atuou também como Técnico Arqueólogo pelo Centro Nacional de Arqueologia – IPHAN, e Museu Nacional-RJ (projeto de resgate de peças ocasionado pelo incêndio).


WEB-PALESTRA 2:

Devastação Ambiental, Mudanças Climáticas e a Emergência de Novas Pandemias no Século XXI

Hilton P. Silva[2]

E-mail: hdasilva@ufpa.br

Resumo

O Antropoceno se caracteriza como o período no qual os seres humanos, uma espécie muito recente, tiveram um enorme impacto planetário, capaz de influenciar mudanças climáticas globais, causar devastação ambiental sem precedentes, extinções em massa e a emergência de patógenos altamente contagiosos e letais. Alguns locais do planeta, como a região amazônica, as florestas africanas e do sudeste asiático, contém grande biodiversidade e socio diversidade, mas a Amazônia Brasileira, ainda amplamente desconhecida, se destaca pela diversidade de biomas, de espécies, de povos e de línguas, mas também pelos graves danos e rápida destruição que tem sofrido por ação antrópica no período pós-colonial. Nossa região é ocupada há cerca de 11 mil anos por grandes grupos populacionais, que desenvolveram mecanismos adaptativos fazendo uso sustentável dos recursos naturais e ainda hoje contribuem para a proteção do meio ambiente. No entanto, o processo de ocupação da região, sobretudo nas últimas cinco décadas, se caracterizou pelo aumento exponencial da destruição da socio biodiversidade, contribuído para os câmbios ambientais no planeta e, como consequência, o surgimento de novas doenças humanas e animais, como SARS, MERS, Zika, Ebola, H1N1, H5N1, em diversas partes do mundo, cujo controle tem se mostrado difícil. Como única espécie capaz de influenciar todos os ecossistemas, há necessidade de o Homo sapiens repensar suas ações enquanto ainda há tempo de evitar sua própria extinção.  

Palavras-chave: Extinção. Biodiversidade. Amazônia. Adaptação.


[2] Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA); Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia (PPGSAS), Universidade Federal do Pará (UFPA); Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente (LEBIOS/CNPq); Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (CEAM/UNB); Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra (CIAS/UC).

 

WEB PALESTRA 3:

Região Amazônica em Alerta Biológico: Riscos Associados a Determinantes Sociais da Saúde, Antipolítica Ambiental e Sindemia da Covid-19 no Estado do Pará na Atualidade.

Ariana Kelly L S da Silva[3]

Fiona Felker[4]

E-mail: arianabelem@gmail.com

Resumo

Nos últimos dois anos a Região Amazônica tem enfrentado variados riscos associados a Determinantes Sociais da Saúde (DSS), à antipolítica ambiental do Governo Federal e ao agravamento da Covid-19, principalmente, no Estado do Pará, que notificou grandes retrocessos sanitários, perdas de extensas áreas de biomas de floresta nativa e acelerado crescimento de contágios e óbitos pelo novo vírus da SARS-Cov-2, com o abrupto avanço da sindemia entre os anos de 2020 e 2021. Objetivando problematizar as situações indicadas, realizamos levantamentos estatísticos em artigos, livros, sites privados e de órgãos oficiais do Brasil sobre DSS na Amazônia, áreas ambientais degradadas e indicadores sociais sobre COVID-19 de populações vulneráveis no Pará. Os dados utilizados indicaram que o Estado do Pará continua entre os mais afetados da Região Norte em relação aos DSS, sendo Belém a 5ª cidade mais vulnerável do país em relação à renda, com acesso precário a atendimentos de urgência e emergência no serviço público de saúde durante a sindemia. No interior do Pará, em Marabá, 36% da população está no setor informal, com 41% vivendo na pobreza. Em regiões ribeirinhas e insulares sem transporte regular, o acesso a vacinas anti-Cov-2 é escasso, além do aumento do desemprego e da extrema pobreza. Os índices de desmatamentos, queimadas e degradações ambientais irreversíveis cresceram quase 40% em 2019 no Pará, com áreas clandestinas de garimpos e criações de gados em terras indígenas, quilombolas e privadas, em decorrência da precária desestabilização de instituições ambientais reguladoras, sem fiscalização, desfavorecendo as minorias políticas locais, demonstrando o grande alerta biológico de se viver na Região Amazônica nos dias atuais. O investimento em políticas públicas de proteção social, da saúde, da economia e a cobertura vacinal são ações emergenciais que precisam ser adotadas em caráter de urgência para que os riscos biológicos sejam mitigados em definitivo.

Palavras-chave: Risco biológico. Sindemia. SARS-Cov-2. Amazônia.


[3] Doutora em Antropologia/Bioantropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA/PPGA). Estágio Sanduíche na University of South Florida (USF/Tampa/EUA) no Applied Biocultural Laboratories, Social Science Building. Mestre em Antropologia/Bioantropologia (UFPA/PPGA). Especialista em Sociologia e Educação Ambiental pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Graduada em Ciências Sociais (UFPA). Atualmente exerce as funções de Docente da Universidade do Estado do Pará (UEPA/CCSE), Docente da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC/PA) e Vice-Líder do Grupo de Estudos em Bioantropologia do Estado do Pará – UEPA (GEB-PARÁ/UEPA).

[4] Mestre em Defesa Biológica pela George Mason University (GMU), com foco em patógenos já existentes. Estagiou no Escritório de Preparação para Emergências do Departamento de Saúde do Condado de Fairfax e tem certificado de pós-graduação pela Faculdade de Saúde Pública.  Está atualmente cursando o Doutorado em Antropologia Médica na Faculdade de Artes e Ciência da University of South Florida (USF), USA.


WEB-PALESTRA 4:

Métodos Quantitativos Aplicados à Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças na Comunidade Remanescente Quilombola Mangueiras

Edson Marcos Leal Soares Ramos[5]

 

E-mail: ramosedson@gmail.com   

Resumo

 

As comunidades remanescentes de quilombo são grupos populacionais que possuem ancestralidade negra, características étnicas raciais fundamentadas nas relações com a terra, prática cultural própria, parentesco e território. E neste contexto, ao se levar em consideração a transição nutricional para o âmbito rural, mais particularmente para as comunidades quilombolas, percebe-se a presença marcante de outros fatores, como a prática de atividade física e a preferência por alimentos de acesso relativamente fácil, como o peixe, frutas e hortaliças, tendo como base a disponibilidade de recursos para a sua sobrevivência. Mostra como os métodos quantitativos foram aplicados à promoção da saúde e prevenção de doenças na comunidade remanescente quilombola Mangueiras. Trata-se de um estudo observacional, transversal, de base populacional. A população de estudo é constituída de crianças, adolescentes, adultos e idosos de ambos os sexos, que residem na comunidade remanescente de Quilombo Mangueiras, do município de Salvaterra, na Ilha do Marajó, Pará. A amostra foi obtida pela técnica de amostragem não probabilística por conveniência. Os dados foram coletados por meio de um questionário de pesquisa que continha perguntas referentes aos dados pessoais, condições sociais, aspectos relacionados à saúde, bem como a avaliação bioquímica, a antropometria e o consumo alimentar, por meio do questionário de frequência alimentar semi quantitativo e recordatório de 24 horas. A técnica estatística utilizada foi a análise exploratória de dados. Observou-se que a maioria dos moradores da comunidade remanescentes do quilombo é casada e com idade média de 45 anos. Possuindo a maioria ensino fundamental incompleto e exercendo a profissão de pescador, com renda individual predominante inferior a um salário mínimo. A maioria das casas possui água encanada, sendo a maior parte de madeira. A maioria relatou não ter fumantes na residência, avaliaram o seu estado de saúde como regular e praticam algum tipo de atividade física. A maior parte dos moradores não apresentam riscos com relação à circunferência da cintura, 33,33% apresentam risco aumentado e 31,48%, aumentando substancialmente. Riscos com relação à circunferência da cintura é uma realidade presente nas comunidades remanescente de quilombo e promover a saúde e prevenção de doenças nessas comunidades é um direito humano, principalmente no que se refere a ter uma alimentação adequada.  


Palavras chaves: Análise exploratória de dados. Transição nutricional. Estado de saúde.


[5] Bacharel em Estatística pela Universidade Federal do Pará (1994), mestre em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco (1999) e Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). É professor Titular Universidade Federal do Pará e Professor do Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública. É Conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. É professor colaborador da Universidade de Cabo Verde no mestrado de Segurança Pública.


Em breve iremos postar as informações sobre os demais palestrantes!

Agradecemos a quem puder compartilhar.

Abraços e um ótimo final de semana!

Coordenação do GEB/UEPA